Preços de frutos do mar sobem em média 20% na Quaresma

Preços de frutos do mar sobem em média 20% na Quaresma

Tradicionalmente, no período da Quaresma, os quarenta dias que antecedem à Páscoa, o consumo de peixes e frutos do mar aumenta e os locais que comercializam esses produtos tendem a elevar os seus preços, seguindo a lei da oferta e da procura.

“Essa é a época do ano de maior movimento no mercado. As pessoas costumam evitar o consumo de carne, principalmente às sextas-feiras, por uma questão religiosa”, conta o vendedor Jeam Batista, 33, que há sete anos trabalha no Mercado Popular, em Água de Meninos.

Seja para cumprir promessa, manter a tradição religiosa ou simplesmente variar o cardápio, o certo é que o preço do pescado subiu em média 20% e a expectativa é de que, até a Semana Santa, o percentual cresça ainda mais.

Segundo a dona de casa Bernadete Araújo, 71, já é possível sentir a diferença. “Antes mesmo do Carnaval, eles já tinham aumentado o preço. Eu tive que pesquisar bastante para poder levar para casa o que tinha de acessível ao bolso, sem desprezar a qualidade”, conta Araújo.

Siri catado, lambreta e camarão são os frutos do mar mais procurados. Já entre os peixes, a preferência fica com o vermelho e o dourado, que, muitas vezes, faltam nos boxes para ser comercializados. A vendedora Maria Oliveira, 30, explica que durante a Quaresma costuma fazer um pedido três vezes maior que o normal para o seu fornecedor. “Quando a procura é maior que a oferta, o preço tende a subir”, diz Oliveira.

Cuidado - A administradora Cynara Moraes, 32, conta que, para fugir dos preços exacerbados, a saída é comprar antecipadamente. “Venho logo para poder garantir o meu peixe”, brinca. Segundo ela, a medida ajuda, também, a não correr o risco de ficar sem o produto na Sexta-Feira da Paixão.

No caso da compra antecipada, é preciso ter cuidado com o armazenamento. De acordo com a nutricionista Arimar Santana, peixes e frutos do mar devem ser congelados em temperatura que varia entre 1 e 3 graus Celsius, por, no máximo, 10 dias, para não comprometer a qualidade do alimento.

Fonte: Atarde On Line