Procissão - Acompanhamento
Procissão Marítima de Nossa Senhora dos Navegantes
De acordo com os moradores mais antigos da ilha, foi no ano de 1902 que ocorreu o naufrágio e o início da procissão de Nossa Senhora dos Navegantes. Lá, muitos ainda se lembram do nome dos pescadores que ficariam 48 horas à deriva, para em seguida criar o belo ritual do catolicismo popular. Foram Aniceto Costa, Herculano Mulato, Heliodoro Rosa e Cassemiro José dos Passos.
Logo no primeiro ano, os pescadores devotos, católicos fervorosos, colocaram a bela imagem de Nossa Senhora em uma caixa de sapato e a levaram em uma embarcação construída exclusivamente para esta finalidade. No início, o acompanhamento era feito apenas por barcos à vela, que partiam de Bom Jesus em direção à secular Igreja do Loreto, na ilha vizinha dos Frades. Em pouco tempo, outros barcos passaram a segui-los e assim começou a procissão, que na Ilha de Bom Jesus dos Passos é chamada de "acompanhamento".
Em pouco tempo, várias embarcações de pescadores católicos também seguiriam aquele ritual de fé em homenagem à padroeira dos navegantes. Anos depois, o acompanhamento se estendeu até a Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, estabelecendo desde então uma forte ligação com este lugar. Lá, é rezada uma missa em intenção a Nossa Senhora, com a adoração da imagem trazida pelos marinheiros. "Por causa deles, nós tomamos essa devoção a Nossa Senhora dos Navegantes. A festa antigamente era no dia de Reis, em 6 de janeiro. Deixou de ser na época de Castelo Branco (1964-68) e passou para o segundo sábado de janeiro, porque aí todo mundo poderia ir", informou Agolinda Passos, neta de José dos Passos, um dos pescadores que inauguraram a tradição.
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Era, provavelmente, um belo dia de sol quando aqueles quatro experientes pescadores da ilha resolveram partir para mais um dia de trabalho, com a bênção do seu padroeiro, com a autorização de Bom Jesus dos Passos, soberano daquelas terras e mares. Mas de uma hora para outra o tempo virou, e com ele virou também a velha e frágil embarcação. E depois da tempestade não veio a bonança. Durante dois dias e duas noites, os quatro pescadores ficariam à deriva, sobrevivendo apenas às custas da fé, há séculos mantida pelos seus antepassados. Foi quando um deles decidiu fazer uma promessa a uma outra santidade de sua devoção: Nossa Senhora dos Navegantes. Caso sobrevivessem, fariam anualmente uma procissão pelo mar, levariam a santa todos os anos para passear nas águas da baía abençoada por todos os santos. Pouco tempo depois, os velhos marinheiros seriam salvos e logo em seguida dariam início àquela que hoje é reconhecida como a maior procissão marítima realizada na Bahia.De acordo com os moradores mais antigos da ilha, foi no ano de 1902 que ocorreu o naufrágio e o início da procissão de Nossa Senhora dos Navegantes. Lá, muitos ainda se lembram do nome dos pescadores que ficariam 48 horas à deriva, para em seguida criar o belo ritual do catolicismo popular. Foram Aniceto Costa, Herculano Mulato, Heliodoro Rosa e Cassemiro José dos Passos.
Logo no primeiro ano, os pescadores devotos, católicos fervorosos, colocaram a bela imagem de Nossa Senhora em uma caixa de sapato e a levaram em uma embarcação construída exclusivamente para esta finalidade. No início, o acompanhamento era feito apenas por barcos à vela, que partiam de Bom Jesus em direção à secular Igreja do Loreto, na ilha vizinha dos Frades. Em pouco tempo, outros barcos passaram a segui-los e assim começou a procissão, que na Ilha de Bom Jesus dos Passos é chamada de "acompanhamento".
Em pouco tempo, várias embarcações de pescadores católicos também seguiriam aquele ritual de fé em homenagem à padroeira dos navegantes. Anos depois, o acompanhamento se estendeu até a Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, estabelecendo desde então uma forte ligação com este lugar. Lá, é rezada uma missa em intenção a Nossa Senhora, com a adoração da imagem trazida pelos marinheiros. "Por causa deles, nós tomamos essa devoção a Nossa Senhora dos Navegantes. A festa antigamente era no dia de Reis, em 6 de janeiro. Deixou de ser na época de Castelo Branco (1964-68) e passou para o segundo sábado de janeiro, porque aí todo mundo poderia ir", informou Agolinda Passos, neta de José dos Passos, um dos pescadores que inauguraram a tradição.
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